terça-feira, 15 de junho de 2010

O astronauta




Assim que terminei o blog me deparei com meu primeiro desafio. O que escrever nele? Depois de algum tempo cheguei à conclusão de que o melhor seria me apresentar. Surgiu então o segundo desafio. O que eu diria sobre mim? Seria fácil dizer o que os outros pensam a meu respeito, mas eu nunca quis ser o que pensam que eu sou. Acho que, no fundo, sempre fui o que esperavam que eu fosse sem me perguntar se era assim que eu queria guiar minha vida. Meus sonhos são de fato meus? Sim é a resposta que grita do meu peito. Meus sonhos são uma boa definição de mim, pois dedico todo o meu tempo na luta desesperada por alcançá-los. Que sonhos são esses?
Uma vez ouvi em algum lugar que há dois tipos de homem: o astrônomo e o astronauta. O astrônomo é aquele que observa as estrelas sem nunca deixar o chão. Ele reconhece cada um dos pontos que vê no céu depois que o sol se vai, mas seus pés nunca pisaram outros solos. O astronauta, ao contrário do primeiro, parte para o céu sem saber o que vai encontrar guiando-se apenas por seu instinto de aventura.
Eu quis ser astronauta desde os cinco anos de idade... Antes disso eu queria ser super herói. Não era voar no céu, nem derrotar vilões, nem salvar donzelas indefesas o que eu queria. O que me encantava neles era a forma como ajudavam as pessoas. Um dia, fiquei muito doente. Foi então que conheci um astronauta. Ele se vestia de branco, tinha um sorriso grande e sempre fazia com que eu me sentisse melhor. Passei o meu aniversário no hospital e foi um grande consolo quando ele disse: “Hoje também é o meu dia”.
Eu nasci no dia 18 de outubro... O dia do médico. É isso o que eu quero ser desde os cinco anos.
É triste pensar que nas salas lotadas do cursinho em que estudo, e de todos os outros, um imenso número de pessoas também quer fazer medicina. É mais triste ainda pensar que quase nenhum deles quer ser, de fato, médico. Eles querem ser doutores. Os doutores são os cafetões da dor humana, que a exploram como uma prostituta sem alma e sem sentimentos. É a dor humana que lhes fornece carros, viagens e tudo mais o que o dinheiro puder comprar. Os médicos são aqueles que vêem em uma lágrima um sorriso em potencial e dedicam suas vidas às vidas daqueles que necessitarem de apoio. Não quero ser doutor. Quero ser astronauta.

Um comentário:

Patricia disse...

Eu conheço esse astronauta, sei do que ele é capaz e amo-o profundamente!!!
Irmão!!! Você me faz lembrar meus próprios sonhos!! Siga assim, que Deus lê suas palavras e conhece seus sentimentos!!
Saudades sempre.
Hoje quando assinti o jogo longe de ^vocês me deu uma saudade profunda!!

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