sexta-feira, 23 de maio de 2014

Sempre em frente...


Ninguém erra por querer, ou não seria um erro. Errar é fazer algo ruim partindo de uma boa intenção.
 Dizem que o inferno está cheio de boas intenções... Eu não sei dizer... Já faz muito tempo desde que estive lá... E quem pode dizer que nunca esteve se não se lembra?
  Sei, no entanto, que somos todos falíveis e não querer errar ou não se assumir capaz disso, pode nos levar a cometer erros muito maiores...  Errar com pessoas não é algo que se faz... Tentar concertar, então, é o mínimo que se pode fazer...
E quando não se pode voltar atrás?
Siga em frente!
Assumir seu erro é o primeiro passo... Diga a si mesmo: Eu fiz algo que não faria novamente e não importa se foi ou não por intenção, o feito está feito e fui eu quem fiz...
O segundo passo é perdoar-se... Nenhuma alma consegue seguir em frente se tem na mala uma culpa... A culpa e pesada demais para qualquer um carregar... Jogue-a na primeira curva dessa estrada e não pense mais nisso. Um dia, nossos erros virão até nós e teremos a chance de refazer e desfazer o feito e o não feito, o dito e o não dito.
Então, além da culpa, jogue tudo o que estiver em sua mala e envolver aquela estória, exceto o que se tenha aprendido com ela, e siga em frente, sem lágrimas, nem músicas e sem direito a voltar... Permita a si mesmo um novo começo.
E quem me topar pela estrada, se for levar algo de mim, espero que leve o que for bom, pois o rancor é tão pesado quanto a culpa... Nenhum deles te deixa prosseguir  e nenhum deles te leva a lugar algum...
Assim partiremos ao desconhecido e ao conhecido com a visão de quem o desconhece, pois seremos novos, desfeitos e refeitos, dispersos pelo mundo, sem hora pra partir ou dia pra voltar, sem rumo pra viver como quem simplesmente vive. Então viva!  

sábado, 17 de maio de 2014

As palavras não ditas e os Mundos não vistos...


São momentos corriqueiros, conversas ou debates em que você se vê fingindo concordar com opiniões que divergem totalmente da sua só para não fugir da modelo simplista, mediano e, às vezes, preconceituoso. O que você teme? Ser julgado por não julgar?
Nos meus tempos de escola, a diversão de alguns dos meus colegas era humilhar com suas piadas um colega deficiente. Nunca concordei com tudo aquilo, mas guardei comigo como se discordar fosse um crime... Ainda guardo, com a certeza de que eu poderia ter feito algo.
Hoje eu compreendo o quanto fui egoísta e como poderia ter contribuído mais com o mundo sendo eu mesmo e admitindo que nem sempre o que a maioria acredita ser certo o é de fato. Mas continuo agindo assim, continuo a me omitir dos assuntos polêmicos por medo de gerar antipatia. Muitas vezes, eu escondo o que eu penso e com isso deixo que pessoas fora da conversa se ofendam com os comentários que eu respondi com o silêncio... É como se eu concordasse com eles. E assim vou concordando com o mundo do jeito que está. Indiferente à mediocridade e permitindo que ela se sobressaia.
NÃO!!!! Não é isso que eu vim fazer no mundo...  
Às vezes a vida cobra de nós uma atitude. Palavras ditas em tons diversos... Ainda que em um sussurro... Mesmo que você vá se arrepender depois... É preciso dizer o que pensa. Não falo aqui das pessoas que confundem grosseria com sinceridade, falo de ser sincero consigo primeiro e transmitir isso aos outros, sem medo... Quem nunca julgou alguém? Quem nunca foi julgado? Por que ter medo do que pensam? Por que ter medo de se contrapor ao pensamento alheio? O Maior dos homens não nos disse para não esconder a candeia sob o alqueire? Sim, Ele disse que de nada adianta ter a luz dentro de si se ela fica oculta.
 O medo de não ser aceito é o pior dos inimigos de quem tem algo a dizer, mas sempre haverá quem discorde e quem se contemple com cada sílaba do que você disser... Apenas diga e se o outro tiver um argumento melhor, aceite. Mude de opinião quantas vezes for preciso, desde que isso te faça alguém melhor... Desde que isso amplie seu mundo e ele se torne maior... Só não se cale e não aceite opiniões menores que as suas, de mundos menores... Não ofenda, nem se deixe ofender pela pequenez dos outros, pois, ao mostrar a ele seu mundo, ele pode crescer também ou mostrar outro argumento para que ambos cresçam juntos...
Cada um traz consigo uma mala cheia de objetos acumulados dos caminhos pelos quais passou... Eu trago sorrisos, lágrimas, poemas, medos, músicas, livros, pessoas, lugares... Esse é o meu mundo e disso se faz meu pensamento, minhas opiniões e aptidões. Quando tudo isso choca com objetos de outros mundos só pode haver crescimento, desde que nenhum dos lados se prenda a pré-julgamentos... Desde que ambos estejam dispostos a ampliar seus mundos...