Um dia eu pretendo descobrir qual é o verdadeiro sentido da
vida. Seria essa busca desenfreada por coisas tangíveis ou os ganhos imateriais
obtidos ao longo do caminho? Longe de ser uma pergunta retórica, essa questão
me faz refletir se vale mesmo a pena dar tanto valor as desnecessidade que
julgamos necessárias. Angústias, medos, decepções... Quem nunca sentiu algo parecido?
E aquela inveja que nos recusamos a chamar como tal, mas fica retida na
pergunta “porque ele e não eu”? E o egoísmo, que não chamamos assim, em sofrer
pela perda ou não ganho de algo ao qual atribuíamos muito valor, emocional ou
material? Vale mesmo a pena se lamentar?
NÃO
Toda lamentação é tempo perdido. Tempo esse, que seria muito
melhor empregado em procurar novas chances, novas oportunidades, novos
caminhos... Novas virtudes... Novas ideologias... Novos métodos... Novos lugares...
Novos méritos
Então, a vida se mostra muito mais receptiva e perdas se
transfiguram em ganhos até que descubramos que a vida é feita para vencermos, não
materialmente, mas moralmente. Cada derrota é uma vitória, se bem utilizada. Se
com ela vier o aprendizado, o crescimento moral, intelectual ou até físico...
Enfim, não vale à pena sofrer na dor, ainda que ela nos pareça inevitável, pois
cada queda nos abre a uma nova oportunidade de vitória.
O problema da geração atual, ou de todas as gerações que
conhecemos, é não saber ver além do momento presente ou se apegar
demasiadamente às coisas transitórias se negando à certeza de que tudo o que é
material é transitório. Se o homem pudesse abstrair e observar sua própria vida
por um ângulo externo a ela, caso fosse possível, compreenderia a necessidade
de todas as situações, que se encaixam perfeitamente às nossas necessidades
imateriais.
A verdade, meus amigos, é que tudo tem um porquê, ainda que
complexo, abstrato ou escondido. Isso não elimina nosso livre arbítrio ou nossas
responsabilidades e renego veemente qualquer ideia que se utilize do termo
destino para justificar as consequências de seus atos e se livrar de qualquer culpa...
Não! Não é isso... O que quero afirmar é que algumas situações independem de
nossa vontade e devemos saber como lidar com elas, pois é isso o que faz a
diferença.