domingo, 7 de abril de 2013

Nadar contra a corrente e crescer


Quero começar com uma comparação. Com certeza você, meu leitor, já ouviu algo sobre a piracema.
A verdade é que na piracema os peixes nadam contra a corrente para se reproduzir na nascente, um ambiente mais seguro da ação dos predadores e com uma maior quantidade de alimentos disponível. É, no entanto, o estresse provocado pelo ato de nadar contra a corrente que promove o amadurecimento reprodutivo desses peixes, ou seja, trata-se de um processo de amadurecimento... Um processo...
Em nós, seres humanos, isso também ocorre. Nós nadamos sempre contra a corrente, cada um de nós a sua maneira. No final, nos percebemos mais maduros, não sexualmente, mas moralmente.

Trata-se de um processo exclusivamente pessoal, o qual outras pessoas não seriam capazes de compreender na mesma intensidade, ainda que sejam incluídas pelo amor que têm por nós ou pela simples vontade de governar as nossas vidas. Cada um tem suas necessidades de reforma íntima, suas verdades incondicionais e seus porquês. Mas cabe a nós a escolha entre promover essa reforma moral ou se utilizar das mazelas que nos atingem para justificar a auto piedade, ou ainda embrutecer, culpar o destino e as pessoas e espalhar o amargor pelos ambientes em se passar... É uma escolha.
Não é tão simples perceber os fatos dessa maneira. É preciso, primeiramente, fazer uma análise interior, buscar em si as causas do mal. Então, encontrar dentro de nós aquelas características que escondemos dos outros, que nos fazem frios, egoístas, preconceituosos, arrogantes...
Você poderá dizer “eu não sou assim”, mas todos nos o somos em maior ou menor grau, consciente ou inconscientemente.  
Mas o que é correr contra a corrente? É enfrentar os obstáculos da vida e suportar as situações desagradáveis. Mais do que isso, é aprender com elas e se tornar a cada dia alguém melhor que se poderia ser