sábado, 5 de março de 2011

A verdade sobre o amor

Raros são os meus textos falam de amor, pois raras foram as vezes que senti tal sentimento. A verdade é que eu não me sentiria capaz de definir. Às vezes se mostra leal, incapaz de se corromper ou se aprisionar, em outras traiçoeiro, que rompe tratados e ritos. O que importa é não se deixar ferir... Fugir das lanças sem se prender em seu próprio escudo.


E as pétalas de rosas que brotam do céu e se transformam em luz quando tocam minha pele vão guiando meus passos até que eu veja que o amor não é só isso. É certo que é sublime o amor que se busca a dois, mas é muito mais real quando se lança ao universo esse poder valioso e infinitamente real. É banal destinar todo seu amor a um ou outro alguém se há um número incontável de pessoas buscando essa energia, ainda não saibam. No fim descobrimos que somos todos um só.

Uma das piores chagas da humanidade é a indiferença, essa cegueira dos egoístas que torna tolo até o mais sábio dos homens. O que é a indiferença senão a busca do bem para si mesmo? A tolice, portanto, é não saber que você é apenas uma parte de algo infinito e toda energia que se lança retorna.

Quero um dia ter o tempo para fechar os olhos e ver mais do que eu via. Quero ver homens que se respeitem, ainda que não se compreendam. Quero ver a verdade nos olhos de pessoas que olham de cima e não ver lágrimas naqueles que se perdem na multidão. Quero que o amor seja mais forte que as crenças e interesses.

Nunca vou me esquecer da voz que roubou minhas lágrimas de derrota com uma simples frase: “Um dia você vai ver o quanto isso é pequeno”. Sim, são pequenas as derrotas se infinita for a certeza de que a vitória se aproxima.