sábado, 24 de julho de 2010

Entre pedras e montanhas

Um sonho ainda repousa em minha mente. Um sonho... Não é esse o sentido da vida humana? Buscar sonhos por mais inatingíveis que pareçam. Um astronauta não quer sempre buscar estrelas?
Já cansei de me martirizar por ter errado o que eu sabia naquela maldita prova. Já cansei de tentar não pensar nisso. Mas dessa vez a dor não veio e não precisei do chuveiro para me consolar.
Ocorreu-me que talvez tenha sido o acaso. O que é o acaso? Se eu jogar uma moeda a face voltada para cima será cara ou coroa. Por acaso? Obviamente não, visto que muitas forças invisíveis terão influenciado para que esse fato ocorresse. Forças nunca imaginadas pela mente humana ou facilmente explicadas pela física como a lei da gravidade. Neste, caso mil coisas poderiam influenciar no simples ato de se jogar uma moeda. A distribuição da massa dessa mesma moeda, a força com que ela foi lançada, a distância entre o sol e a terra nesse exato momento... É muito mais fácil acreditar que foi o acaso. O acaso é o conjunto de forças que o ser humano não consegue prever, explicar ou entender.
Foi esse conjunto de forças que eu não entendo, não explico e não posso prever, que aumentaram em mais seis meses a distancia entre eu e o meu sonho. Mas o que são seis meses para quem tem diante de si toda a eternidade?
Para quem tem um caminho logo para seguir é melhor manter a cabeça erguida do que olhar só para o chão. Quero ver as montanhas no horizonte, não apenas as pequenas pedras perto dos meus pés.