Uberlândia, 17 de março de 2013...
“Hoje talvez seja um
bom dia para escrever no blog”... Realmente... É um bom dia.
Quero falar aqui da esperança que me atinge
inconscientemente de que um novo mundo está surgindo. Percebo que, ainda que muitos
se apeguem às velhas formas de pensar, que os herdeiros do misticismo
irracional, das leituras deturpadas da bíblia e do fundamentalismo, tomem
postos influentes no governo, o pensamento racional é predominante entre a
população.
Sinto, pelos que se
apegam à forma irracional de pensar e, esquecendo-se das palavras do Mestre
diante da mulher adultera, insistem em julgar os que pensam diferente de si. Mesmo
assim, as contestações ao velho brotam de todos os cantos, sem que se possa
conter. Felizmente, a grande maioria se escandaliza diante de afirmações racistas
e homofóbicas dos que tentam corromper a massa interpretando negativamente o
Homem cujas palavras nortearam a moral do ocidente.
Um latino americano herda o trono de Pedro e fala em
caridade usando o nome de um dos maiores homens da história da humanidade. Um
trono impregnado de corrupção, que, por muito tempo, comandado pelos
fundamentalistas como os que hoje se inserem no governo brasileiro, insuflou
massacres bárbaros que passaram para a historia como “ guerras santas”.
Não há nenhuma fé melhor que a outra, amigo leitor, e tentar se impor sobre o que pensa diferente é uma violência sem tamanho. Assim, muitos de
nós ainda estamos escravos de nossas próprias concepções, enquanto o mundo pede
que mudemos, aceitemos a diversidade e
lutemos pelo direito de quem precisa ser diferente. “ Não é sinal de saúde estar
incluído em uma sociedade doente”, mas ainda credito na cura.
É impossível não citar a brutalidade com que os homens, mulheres e crianças foram trazidas da África e, como animais, obrigados a compor a base de uma sociedade estática e cruel, poque ainda hoje suas crenças, de uma riqueza cultural inquestionável, são alvo de severos julgamentos por parte daqueles que, com a pretensão de serem os escolhidos de Deus, julgam-nas contrárias às leis do Cristo. Contrário à lei do Cristo é a intolerância.
É impossível não citar a brutalidade com que os homens, mulheres e crianças foram trazidas da África e, como animais, obrigados a compor a base de uma sociedade estática e cruel, poque ainda hoje suas crenças, de uma riqueza cultural inquestionável, são alvo de severos julgamentos por parte daqueles que, com a pretensão de serem os escolhidos de Deus, julgam-nas contrárias às leis do Cristo. Contrário à lei do Cristo é a intolerância.
O homem muda com o tempo e o mundo muda com o homem. O progresso
científico é inquestionável, mas para quando adiaremos o progresso moral?
Metade do homem é sua própria consciência, a outra são os
fundamentos impostos pela sociedade para o “bem viver”. Parte desses
fundamentos garante a ordem na sociedade, a outra oprime as particularidades.
Como diferenciá-las? Como saber o limite entre prudência e preconceito? Não
julgar é a melhor saída, por que cada um é guiado pelas próprias concepções de
mundo e nenhuma concepção é melhor do que a outra.
Para Natanna Kessia Nunes Gomes, que me pediu para escrever algo nesse blog, já quase esquecido.
Para Patricia Ferreira Silva, que carrega no ventre um
pedacinho da esperança do Novo mundo.
Para Pedro Paulo
Ferreira Silva e Melina Lorraine Ferreira, que há dois anos e dois dias
compartilharam comigo o marco fundamental para o meu amadurecimento.
Para os meus pais, o apoio incondicional.
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