Acredito que a vida é regida por uma lei, a partir da qual
toda ação individual tem um efeito, que retorna a nossa própria vida. Não se
trata de punições ou gratificações pelas nossas atitudes, são apenas efeitos.
Para usarmos uma analogia corriqueira, colhemos o que plantamos... Plantando
espinhos, colheremos espinhos e não há como culpar a ninguém senão a nós
mesmos. Se plantarmos flores, no entanto, colheremos flores e quanto mais belas
as flores que plantarmos, mas belo o jardim que surgirá em torno de nós.Como,
no entanto, plantar um jardim se a maioria de nós está sempre rodeada de
espinhos? Como não deixar que as flores murchem em meio à podridão dos
sentimentos que sempre nos envolve?
A resposta é muito simples: somos parte de
um todo e, ainda que tentemos pensar em uma felicidade individual, ela não
existe (apenas sob a forma de uma satisfação momentânea). Por isso, somos
felizes quando pensamos no todo, ou nas partes que nos rodeiam. Assim, uma
forma de plantar um jardim é criar o hábito de fazer o bem àqueles que estão
por perto. Não falo das grandes obras de caridade, ainda que estas sejam formas
sublimes de cultivar belos jardins. Falo aqui das palavras amigas que podemos
levar àqueles que sofrem por perto de nós. Não é difícil ser gentil e com
palavras simples podemos cativar pessoas e transformar em flores os sentimentos
delas a nosso respeito. Assim cresce o jardim, que se converte na verdadeira
felicidade. Por isso, lembremo-nos cultivar o respeito e o carinho pelo outro, pelo desconhecido ou pelo familiar, e nos colocarmos no lugar deles antes de qualquer ato, antes de qualquer pensamento. Saibamos que Julgamentos, críticas venenosas, pensamentos invejosos ou sentimentos similares obscurecem nossa própria paz, pois, já que estamos todos ligados, o meu elo com o outro é a minha ligação comigo mesmo. Que tipo de vínculo você, caro leitor, deseja ter consigo mesmo?
Um comentário:
Muito bom, parabéns.
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